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Plaquetas baixas ou Plaquetopenia

Plaquetopenia é o termo utilizado para se referir a contagem baixa de plaquetas no sangue, visto através do exame de hemograma.

PURPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNE (PTI) ou PLAQUETOPENIA IMUNE

A plaquetopenia imune é uma condição em que a plaquetopenia (diminuição do número de plaquetas) ocorre devido a um problema do sistema responsável por proteger o nosso corpo contra infecções, também chamado de “sistema imune”. Normalmente, o sistema imune ou imunológico defende nosso corpo contra as ações de agentes que causam doenças, como as bactérias, fungos e vírus. Se alguma coisa ocorre de forma errada e o sistema imune começa a atacar células sadias, do nosso próprio corpo, isso é chamado de resposta “autoimune”. Quando o sistema imune ataca plaquetas, levando a sua destruição, temos a “PLAQUETOPENIA IMUNE”, também chamada de “PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNE”. Neste caso, vários auto-anticorpos agem contra as plaquetas do sangue, que são destruídos antes do tempo.
Tanto adultos como crianças podem apresentar PTI, mas é mais comum em crianças. Nestes casos, não é raro identificarmos fatores que podem ter levado a esta resposta imunológica alterada, como infecções ou vacinações cerca de duas semanas antes do aparecimento da doença.

Quais são os sintomas da plaquetopenia imune ou PTI?

Os sintomas no geral têm uma relação importante com o número de plaquetas encontrado no hemograma. Muitos pacientes não apresentam qualquer sintoma, e são diagnosticados ao acaso, através de exames de sangue realizados por outro motivo. Alguns outros, por sua vez, podem apresentar manifestações de sangramento na pele, como manchas arroxeadas (equimoses), hematomas ou ainda pontinhos vermelhos bem pequenininhos, aglomerados, principalmente em locais de maior pressão, como pernas (chamados petéquias). Mais raramente, os pacientes podem apresentar sangramento maior, como sangramento no nariz (epistaxe), na cavidade oral ou ainda intestinal. É muito raro, mas não impossível, sangramentos graves, como hemorragias intracranianas ou internas.

Há um teste para diagnosticar PTI?

Sim e Não. No exame de hemograma completo, conseguimos definir a contagem de plaquetas. Se essa contagem está baixa, a PTI pode ser uma causa. Mas não tem um exame específico que consegue definir se essa plaquetopenia encontrada no hemograma é devido a PTI ou a outra causa.

Diante do achado de plaquetas baixas no hemograma, o médico deverá fazer uma avaliação clínica detalhada, um exame físico minucioso e fazer mais alguns exames laboratoriais, que permitam guiá-lo na investigação e na definição da causa.

Na PTI, o único achado do hemograma costuma ser plaquetas baixas. Eventualmente, podemos ter anemia, devido as perdas sanguíneas que possam ter ocorrido. No entanto, não é comum encontrar leucócitos (ou glóbulos brancos) menores que o valor de referência.

Em crianças, a PTI é a principal causa de plaquetopenia. Em adultos, há muitas outras possíveis causas, e outros testes são necessários para excluir outras causas, sendo eventualmente necessário fazer até exame da medula óssea, para chegar a uma conclusão diagnóstica.

Como eu trato plaquetopenia imune ou PTI?

O tratamento vai depender de vários fatores, como a idade do paciente, a gravidade dos sangramentos e a contagem de plaquetas.

Crianças muitas vezes nem necessitam de tratamento, já que a grande maioria tem uma resolução da contagem de plaquetas espontaneamente, nos primeiros 6 meses. Em casos específicos, quando estamos diante de pacientes com sangramentos maiores ou com um risco maior de sangramentos graves, pode ser necessário tratamento medicamentoso. O médico deve acompanhar o paciente de perto.

Adultos com contagens de plaquetas muito baixas (menores que 30.000/uL) ou sangramento maior geralmente vão necessitar de tratamentos farmacológicos. Dentre as medicações utilizadas, temos:
– corticoterapia – prednisona ou dexametasona, principalmente. O objetivo é tentar interromper esta resposta imune anormal, que está levando a destruição de plaquetas. Tais medicações são no geral bem efetivas, mas não devem ser utilizadas por conta própria, principalmente devido aos seus efeitos colaterais. Da mesma forma, se o seu médico iniciou seu tratamento, ele não deve ser interrompido sem o seu consentimento, devido aos riscos de recidiva do quadro.

– Imunoglobulina humana– utilizada sobretudo em casos de sangramentos maiores, pois esta medicação pode “neutralizar” os anticorpos que estão atacando as plaquetas, e ter uma resposta mais imediata, embora não duradoura. Ou seja, as plaquetas tendem a subir, mas após algumas semanas, elas podem abaixar novamente.

Se a PTI não melhorar, o seu médico pode ainda utilizar outros tratamentos, que incluem:

– Cirurgia para remoção do baço (esplenectomia), por ser este um órgão importante na destruição de plaquetas;
– Outras medicações, como o eltrombopague, também podem ser efetivas em casos refratários aos tratamentos iniciais.

O que eu posso fazer para ajudar, caso eu tenha um diagnóstico de PTI?

Quando a contagem de plaquetas está baixa, é importante evitar algumas atividades físicas e esportes, sobretudo os de contato. Isso porque se houver alguma lesão, podemos ter sangramentos graves.

Deve-se evitar ainda alguns medicamentos, como AAS e anti-inflamatórios não hormonais, que podem afetar a função das plaquetas e portanto, aumentar o risco de sangramento.

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