Medula Óssea - Clínica Fráter

Clínica Fráter - Hematologia, Hemoterapia e Nefrologia

Clínica Fráter - Hematologia, Hemoterapia e Nefrologia

Blog

Clínica Fráter

Medula Óssea

A medula óssea, popularmente chamada de “tutano”, é um tecido de aspecto líquido gelatinoso, encontrado no interior dos ossos, principalmente dos ossos chatos e longos, como os do quadril, do fêmur (das pernas) e do esterno (osso do meio do tórax). Ela tem a função de produzir as células do sangue: os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas. Por isso dizemos que a medula óssea é a “fábrica do sangue”. Dentro da medula, um pequeno grupo de células denominadas “células tronco hematopoiéticas” são responsáveis por produzir as células do sangue. Ali, encontramos estas células na forma mais jovem, como se fossem “criancinhas” que ainda não conseguem trabalhar. À medida que vão amadurecendo, elas saem para o sangue periférico, para fora da medula óssea, e passam a desempenhar seu “papel”. Temos então os glóbulos vermelhos (ou hemácias), que transportam o oxigênio que respiramos para todas as células do corpo; os glóbulos brancos (ou leucócitos), que são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo contra infecções; e as plaquetas, que compõem o sistema de coagulação do sangue, e portanto, diminuem nosso risco de sangramento. Esses componentes do sangue são renovados continuamente. Ou seja, quando estão velhos, são destruídos e a medula se encarrega da produção de novos elementos. Ela mantem-se assim em uma atividade intensa e ininterrupta para produzir as células do sangue, num processo chamado de hematopoiese.

O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes para todos os órgãos. Ele é formado por uma parte líquida (o plasma) e uma parte celular (os glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas).

Algumas doenças podem alterar a medula óssea, prejudicando o seu funcionamento. Entre elas, temos a leucemia, aplasia de medula óssea (ou anemia aplástica), mielodisplasia (ou síndrome mielodisplásica), mieloma múltiplo, linfoma, tumores sólidos, entre outras.

O HEMOGRAMA é o exame laboratorial que dá informação sobre esses três principais elementos do sangue.

1- Glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos – pelo hemograma, conseguimos ver quantidade, concentração da hemoglobina (que é uma proteína avermelhada, que contém ferro e que carrega o oxigênio), tamanho, coloração e outros índices deste elemento que tem a função de transportar o oxigênio que respiramos para as células do corpo. Quando baixo, temos a anemia. Quando aumentado, temos a poliglobulia ou policitemia.

2- Glóbulos brancos, leucócitos – essas células são nossos “soldadinhos de defesa” e ajudam no combate a infecções. O chamado “diferencial” dos glóbulos brancos (que são aqueles números que aparecem logo abaixo do número total de leucócitos) informa a quantidade e proporção dos diferentes tipos de leucócitos, sendo eles neutrófilos (e suas formas jovens), eosinófilos, basófilos, linfócitos, monócitos. Cada um tem um papel diferente.
Quando os leucócitos estão aumentados em número, chamamos de leucocitose. Se são os neutrófilos, chamamos de neutrofilia. Se são os linfócitos, chamamos de linfocitose. Qualquer alteração deste tipo pode estar relacionada a doenças do sangue, mas na grande maioria das vezes, são reações do organismo a infecções ou inflamações.
Quando estão em pequeno número, chamamos de leucopenia e se ocorre redução de neutrófilos, chamamos de neutropenia. A depender da quantidade, nestes casos, pode haver risco aumentado de infecções.

3- Plaquetas ou trombócitos – fragmentos de células que tem um papel na coagulação do sangue, impedindo sangramentos. O coágulo é uma espécie de “plug” que consegue estancar o sangue após um ferimento. Para a sua formação, as plaquetas têm papel fundamental, além de outros elementos chamados de “fatores da coagulação”, que não são avaliados através do hemograma, mas sim de outros exames definidos como “coagulograma”.
Quando as plaquetas estão em número aumentado, chamamos de plaquetose ou trombocitose. Quando em pequeno número, chamamos de plaquetopenia ou trombocitopenia. O risco de sangramento vai depender do quão baixo encontra-se a quantidade de plaquetas.

É através do hemograma que suspeitamos de algumas condições que afetam a medula óssea. Ele é também o exame laboratorial mais solicitado na prática clínica, por qualquer médico, independente de ser ou não hematologista, pois ele permite identificar alterações no paciente que nos fazem suspeitar de descompensações de outras doenças sistêmicas, e não só hematológicas.

Compartilhe esse artigo

Curar quando possível,
Aliviar quando necessário,
Cuidar sempre.

Fale Conosco


Endereço

Ed. Liberty Vila dos Frades - Av. Independência, 724 - 11° Andar - Salas 116/117, Piracicaba - SP, 13419-160

E-mail

contato@clinicafrater.com.br

Telefone

(19) 3377-6595

(19) 99710-2239